Você já se perguntou por que no pré-natal são solicitados exames para sífilis, HIV, hepatites, toxoplasmose, citomegalovírus e outros agentes infecciosos? O principal motivo é que durante a gestação, trabalho de parto e parto, algumas infecções na mãe podem ser transmitidas ao bebê: as chamadas INFECÇÕES CONGÊNITAS. Elas se manifestam na criança de formas variadas, desde a ausência de sintomas ao nascer, até prematuridade sem causa e formas graves com risco de vida e sequelas futuras. Mesmo nas crianças assintomáticas, a presença de algumas dessas infecções pode acarretar riscos relacionados ao desenvolvimento durante toda a infância.
Nem sempre essas infecções causam sintomas na gestante, muitas vezes só são diagnosticadas através de exames solicitados pelo obstetra. Ainda na gravidez, algumas medidas podem ser tomadas para evitar a transmissão em alguns casos e, ao nascerem, crianças expostas devem ser investigadas e tratadas conforme cada situação. Este seguimento é feito por um infectologista pediátrico, a fim de confirmar ou descartar a infecção na criança e atuar precocemente naquelas com doença confirmada ou provável.
Agindo cedo, muitas vezes é possível evitar a progressão da doença ou reduzir seus impactos para aquelas crianças já sintomáticas. Converse com seu obstetra e pediatra e, na suspeita de risco de qualquer infecção congênita, procure um infectologista pediátrico!