Estamos vivendo a época da internet ilimitada, em todos os sentidos, tantas redes sociais, tanto tempo on-line… Essa tecnologia é tão nova e poderosa que ainda não sabemos bem como lidar. Mas todos sabemos que estamos dando atenção demais à tecnologia, em prejuízo do tempo que deveríamos dedicar a quem está perto: nossos filhos.
O Jogo da Baleia Azul relacionado a vários desafios que o adolescente precisa fazer para se cumprir um objetivo fatal nos faz confrontar com um desafio maior, notarmos quem são nossos filhos. O que eles fazem, de que eles gostam, com quem eles conversam, quais sentimentos eles sentem a respeito da suas rotinas cercadas por mil atividades ou apenas uma ( Internet ) e que muitas famílias preferem manter a distância, ou por falta de tempo ou por falta de paciência ou por falta mesmo de interesse, ou por tudo isso reunido.
Cada desafio do jogo da Baleia é um pedido de socorro e o percurso até o fim é longo e repleto de oportunidades de serem vistos e acolhidos.
A ideia e o projeto de um suicida não são formados num curto espaço de tempo, antes ali já se instalou uma terrível angústia e uma patologia psicológica. Até chegarem ao jogo um caminho já foi trilhado de alienações e de conflitos internos.
Como não se percebe tudo isso se formando?
Nossa vida moderna não é fácil e educar e criar filhos nesses tempos é ainda mais difícil, no entanto é preciso nos responsabilizar por nossos jovens. E trazê-los para perto e para dentro de nossas vidas também.
Muitos pais se queixam que a adolescência é uma fase em que os filhos querem manter distância e confronto eterno, mas também não baixam a guarda para reaprenderem a lidar com essa nova fase com amor e compreensão. Essa é uma relação de via dupla. O adolescente tira os pais da zona de conforto e os oferecem a possibilidade do aprendizado e do crescimento pessoal que é estabelecido na relação familiar a partir daquele novo ser em construção.
Que esses jogos e os outros todos que virão nos sirva de alerta para ressignificarmos nossas posições parentais e familiares. Para que possamos nos permitir olharmos e percebermos mais de perto os sinais que nossos filhos nos dão.
Já perguntou hoje o que ele está sentindo?
Falou dos seus sentimentos para eles?
Que tenhamos isso como nosso primeiro desafio do jogo do AMOR.
Texto por: Dra. Daniela Rita